Nvidia revoluciona o desenvolvimento de robôs humanoides com o modelo Isaac GR00T N1 para raciocínio humano

Leandro Lopes
5 Min de Leitura
Nvidia revoluciona o desenvolvimento de robôs humanoides com o modelo Isaac GR00T N1 para raciocínio humano

A Nvidia deu um passo importante no desenvolvimento de robôs humanoides ao anunciar o modelo Isaac GR00T N1, o primeiro modelo base do mundo totalmente personalizável para raciocínio generalizado de habilidades humanoides. Essa nova tecnologia, acompanhada por um conjunto de ferramentas inovadoras, promete transformar diversos setores enfrentando a escassez de mão de obra global.

O que é o Isaac GR00T N1?

O Isaac GR00T N1 é um modelo de inteligência artificial projetado para imitar o raciocínio humano. Sua arquitetura se inspira no funcionamento do cérebro humano, dividindo-se em dois sistemas:

  • Sistema 1: Um modelo de ação rápido, projetado para executar movimentos intuitivos e reflexos.
  • Sistema 2: Um modelo mais lento, responsável por tomadas de decisão deliberadas e metodológicas.

Esses sistemas trabalham em conjunto, utilizando um modelo de linguagem de visão que permite ao robô entender o ambiente ao seu redor e planejar ações. Com base nesses planos, o Sistema 1 traduz as instruções em movimentos precisos. A capacidade de aprendizado do GR00T N1 é ampliada ao ser treinado com dados reais e sintéticos, gerados a partir da plataforma Nvidia Omniverse.

Essa combinação permite que o modelo generalize tarefas comuns, como manipular objetos, transferi-los entre braços e realizar etapas complexas necessárias para operações industriais, como manuseio de materiais e inspeções.

Para saber mais sobre o impacto da IA em tarefas humanas, confira nosso artigo A Inteligência Artificial Vai Substituir Humanos?.

Tecnologias complementares para robôs humanoides

Além do GR00T N1, a Nvidia apresentou outras tecnologias complementares voltadas para o avanço da robótica:

  • Blueprint Isaac GR00T: Um framework para gerar dados sintéticos que ampliam significativamente os volumes de dados de treinamento. Usando essa ferramenta, a Nvidia foi capaz de gerar 780 mil trajetórias sintéticas (equivalente a 9 meses de demonstração humana) em apenas 11 horas.
  • Motor Newton: Desenvolvido em colaboração com o Google DeepMind e Disney Research, esse motor de física de código aberto permite que robôs aprendam a executar tarefas com maior precisão.

Essas inovações não apenas aceleram o desenvolvimento de novos robôs, mas também reduzem custos e aumentam a eficiência dos processos.

Aplicação prática e colaborações

Durante o evento GTC 2025, Jensen Huang, CEO da Nvidia, mostrou como o GR00T N1 já está sendo usado para capacitar robôs humanoides. Um exemplo foi o robô da 1X Technologies, que demonstrou tarefas domésticas, como organização e limpeza. Isso reforça como o modelo é adaptável e pode ser usado em diversas indústrias e cenários.

Além disso, grandes desenvolvedores, como Boston Dynamics e Neura Robotics, também estão explorando a tecnologia, mostrando o potencial de crescimento dessa inovação.

Interessado no futuro da robótica humanoide? Saiba mais em Apple está Investigando Robôs Humanoides.

O futuro das interações robóticas

A parceria da Nvidia com empresas como Disney Research abre portas para um novo tipo de robótica focada em entretenimento. Um exemplo disso são os droids inspirados em Star Wars, que prometem encantar o público com expressões mais realistas e movimentação fluida.

Essa união de esforços destaca como a inteligência artificial e a física interagem para criar robôs mais funcionais e interativos, elevando o padrão da robótica moderna.

Conclusão

As inovações da Nvidia no campo da robótica humanoide apontam para um futuro onde máquinas e humanos trabalham lado a lado, seja em fábricas, lojas ou até mesmo em nossas casas. Com o Isaac GR00T N1 e as tecnologias associadas, o desenvolvimento de robôs humanoides ganha uma aceleração sem precedentes, trazendo soluções para problemas complexos e inaugurando uma nova era para a inteligência artificial.

Essa transformação vai muito além da automatização de tarefas; ela redefine como interagimos e dependemos das máquinas no cotidiano.

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